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LIDERANÇA E AS MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS

Quando o assunto é mudança organizacional, muito se fala na resistência das equipes para que ocorram as adaptações às novas práticas estabelecidas.

Culpam a rigidez dos funcionários mais velhos, o egoísmo dos mais jovens em buscar apenas os próprios interesses, a dificuldade das equipes em sair da tão falada zona de conforto, entre outras tantas justificativas.

Parece, inclusive, que a empresa é das melhores. O que estraga são os funcionários que estão lá...

Mas, nas minhas andanças, percebo de forma cada vez mais clara, que as mudanças não são efetivamente implementadas, na maior parte das vezes, por falta de planejamento, comunicação e de empenho das lideranças.

Não preciso ser nenhum “sabichão” para afirmar que a cultura do planejamento é raríssima nas empresas. Independente, inclusive, do tamanho. Percebo que muitas empresas de médio e grande porte, quando o assunto é gestão de mudanças, não desenvolvem planos minimamente conscientes e coerentes com as dificuldades que serão enfrentadas.

Esses momentos demandam planos relativamente simples, mas que possam cercar as principais variáveis (despreparo das equipes, insatisfação com possíveis perdas, insegurança com relação ao futuro, ignorância das pessoas quanto aos principais ajustes, entre outros pontos muito importantes). Criar ações específicas para lidar com os principais fatores, é decisivo para o sucesso da mudança.

Quanto à comunicação, fica claro que poucas empresas (poucas lideranças) têm essa competência bem desenvolvida. A impressão, aos olhos da gestão estratégica, é de que as pessoas não têm que ter “tanta informação assim”. Ou acreditam que uma fala rasa e curta, durante meia hora, para todas as equipes, já é suficiente para preparar a todos com as principais informações.

A negligência com a comunicação, própria da gestão estratégica nesses momentos, tende a ser absorvida pelas lideranças do nível tático. Aí fica fácil de estimar como ficará a cabeça das equipes de trabalho...

Por último eu destaco a questão do empenho. É preciso muita disciplina para cumprir com o planejamento (em todos os níveis) e com a comunicação (inicial e regular) durante o processo de mudança. Sem o devido carinho e capricho, com todas as demandas, em situações de ajustes organizacionais, as chances de fracasso aumentam muito.

Espero que essas reflexões possam nos ajudar para as próximas oportunidades...

Grande abraço!